sábado, 5 de fevereiro de 2011

9.858 @402 metros.

Foi um longo caminho até chegarmos aqui. Muitas vezes tudo parecia estar pronto, bastava apenas que tudo funcionasse perfeitamente e o tempo na casa dos 9 segundos seria alcançado. Apenas parecia. Muitas modificações foram necessárias para chegar a um setup que permitisse alcançar este tempo.Tudo precisava ser testado previamente para serem ajustadas e muitas vezes estas modificações acabaram não dando certo precisando serem refeitas. O regime de rotação e cavalaria a que o motor era submetido insistia em danificar as bronzinas. O problema maior estava na lubrificação do motor. Para resolver este problema importamos uma bomba de óleo externa de 5 estágios. Após tudo instalado e funcionando chegou a hora de testar na pista. Para isso contamos com o apoio do pessoal do autódromo de Tarumã, que nos permite fazer testes nas Quartas a tarde. Com isso, problemas que aconteciam durante as competições foram resolvidos previamente.

Nas noites de Sexta acontece o Racha Tarumã que agora conta com sistema de cronometragem e tornou-se o lugar ideal para acertos. Logo na primeira Sexta que fomos ao Racha constamos que a suspensão traseira precisava ser mais firme. Para isso contamos com a ajuda do nosso amigo Alex da Amortecar. Ele refez amortecedores, colocou novas molas, acertou a geometria, alinhamento e deixou tudo funcionado perfeitamente.

No dia 27 de Janeiro foi realizado o primeiro Open Day do ano no Velopark. Lá fomos nós com nossos dois carros. O 221 já estava mais do que testado, é exatamente o mesmo carro do ano anterior. Nosso 220 enfim estava pronto para andar e pela primeira vez havia passado por testes previamente.

Na primeira passada pela pista, após arrancar, algo parecia estranho, o motor ficava cortando. O problema estava entre o volante e o banco. Acabei não soltando o botão da Two Step, quando me dei conta disso, ao soltar o botão, levei um belo empurrão, foi apenas trocar as marchas e o carro ganha velocidade muito rapidamente. Ao final dos 402 metros, pela primeira vez acionei o Para-Quedas. Cheguei a me assustar do tranco que levei, funciona mesmo! Ainda assim, o timeslip mostra parciais excelentes de alta.

Verificamos tudo, abastecemos e após um tempo para o motor esfriar, voltei a pista. Com muito cuidado aqueço os pneus M/T 24,5 X 8, alinho o carro e espero pelo verde para arrancar. A primeira marcha vai aos cortes antes mesmo de passar pela marca do 60ft, a segunda e a terceira é engolida antes dos 201 metros. Fico com um olho na pista e outro no placar que estampa a marca de 6.587. A partir daí foi apenas pé no fundo e como já estava preparado para o tranco do Para-Quedas, não tive surpresa. Finalmente a casa dos 9 segundos estava rompida. Foi muito legal todos os amigos e colaboradores comemorarem como se fosse uma meta deles também. Para não dizerem que foi por acaso, ainda aceleramos mais duas vezes e nas duas baixamos um pouco o tempo, terminando com a melhor marca de 9.858. Levamos a categoria 4 cilindros turbo.
Após ganhar o troféu, foi informado que apenas os campeões das 4 categorias estariam classificados para o Bracket Racing. Esta é uma modalidade de competição que não gostamos. Trata-se de uma competição de regularidade. Você estabelece o tempo que irá virar, seu oponente também. O que tem tempo maior, larga antes, o que tem tempo mais baixo larga depois. Quem fizer o tempo mais próximo, sem baixar, leva. Como havia ficado a vontade de acelerar mais vezes, decidi participar, afinal seriam apenas uma ou duas passadas no máximo. Esperar para largar depois chega a dar uma aflição. Ver o carro ao lado indo embora, e após ser atropelado foi uma experiência única. Ao final das duas passadas, acabamos vencendo também o Bracket e levando uma graninha pra casa.


Não vejo a hora de voltar a pista. Andar com mais pressão na turbina, deixar a largada menos conservadora, assim baixar a marca dos 60ft e quem sabe uns 80 ou 100 cavalos de nitro para os últimos 200 metros.







Nenhum comentário:

Postar um comentário